“A vergonha extrai seu poder do fato de não ser explanada. Essa é a razão pela qual ela não deixa os perfeccionistas em paz – é tão fácil nos manter calados! Se, porém, desenvolvermos uma consciência da vergonha a ponto de lhe dar nome e falar sobre ela, nós a colocaremos de joelhos. A vergonha detesta ser o centro das atenções. Se falarmos abertamente sobre o assunto, ela começará a murchar. Assim como a exposição à luz é mortal para os gremlins, a palavra e a conversa lançam luz sobre a vergonha e a destroem.” – Brené Brown
Cresci em um ambiente em que a vergonha era algo mais abundante que comida em cima da mesa.
Por muitos anos, sequer queria falar sobre o assunto. Criei um muro (beeeeeeem alto, diga-se de passagem!) ao redor das emoções que eram difíceis pra mim. Eu simplesmente não queria lidar com meu lado vulnerável.
Quando paro pra pensar sobre isso hoje, percebo como é incrível a quantidade de energia que gastamos tentando evitar esses territórios difíceis da alma, quando eles são os únicos que podem nos libertar.
Hoje eu sei que todo mundo sente vergonha. Até o Dalai Lama.
Todos temos essa dualidade de luz e sombra, alto e baixo, macio e duro, felicidade e tristeza, dentro de nós. Mas, se não nos reconciliarmos com a vergonha (e todos os conflitos de vulnerabilidade que ela nos traz), começaremos a acreditar que há algo errado conosco, e podemos começar a agir com base nessas crenças.
Se quisermos ser pessoas plenas, estar inteiramente conectados com a vida, precisamos cultivar a nossa vulnerabilidade. Isso mesmo: CULTIVAR, tal como fazemos com uma semente. E para isso, teremos que aprender a lidar com a vergonha.
Por aqui, sigo aprendendo a lidar com a minha. E você, como lida com a vergonha?
Para aprofundar no tema
🔈 Podcast: “Vergonha de Sentir Vergonha”, por Natália Sousa
🔈 Música: “Ser diferente é normal”, Gilberto e Preta Gil
Com carinho,
Lyz
(@lyzianemenezesoficial)